26 de maio de 2010

Amém! ou Amém?

Amém é uma expressão que vêm sendo usada constantemente em nossas igrejas. Ela é usada quando alguém quer convidar o povo a abrir suas bíblias, como por exemplo: “vamos abrir a Palavra de Deus no livro de Salmos, amém?”, ou quem encontrou, diga amém!, e até mesmo o pregador saúda a igreja dizendo assim: “ Eu quero saudar a igreja com a graça e a paz do Senhor, amém?”.
Temos a impressão que a palavra amém tem se tornado um maneirismo ou um “chavão evangélico”. Para tudo se usa o amém, mesmo quando não se tem nada para falar, mas qual seria o correto uso desta expressão?
O dicionário nos diz que amém significa “palavra litúrgica de aclamação, que indica anuência firme, concordância perfeita, com um artigo de fé; assim seja”. A palavra amém aparece 56 vezes em toda a bíblia, sendo 28 no Antigo e 28 no Novo Testamento. No Antigo Testamento, a palavra hebraica usada é “m¢n”, que expressa uma afirmação certa em face de algo que foi dito. É usada após o pronunciamento de maldições solenes (Nm 5.22; Dt 27.15) e após orações e hinos de louvor (1Cr 16.36; Ne 8.6; Sl 41.13). Desta forma, há de se perceber que o termo é empregado com a finalidade de confirmar uma verdade e nunca indagar sobre algo.
No Novo Testamento, a palavra usada é m¢n, é de onde procede a nossa palavra “amém” em português. Da mesma forma que no Antigo Testamento, a expressão amém é utilizada ao final de orações e hinos de louvor (Mt 6.13; 1 Tm 1.16; Ap 7.12). “Isto indica que o termo assim usado em nossas orações deve expressar certeza e segurança no Senhor, a quem dirigimos a nossa oração.”
A expressão amém dever ser utilizada sempre como ato afirmativo ou de exclamação (!), nuca de interrogação (?). Das 56 vezes que a palavra aparece na bíblia, 53 são afirmações. Portanto a palavra amém não é para indagar e sim para afirmar.

Extraído de um artigo escrito pelo Rev. André do Carmo Silvério, então pastor da IPB Presbiteriana do Jardim Girassol – Guarulhos-SP, para a Revista da Mocidade, edição de n.º 26, outubro, novembro, dezembro de 2005.


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